terça-feira, 27 de outubro de 2009

BOLETIM INFORMATIVO



Delphi fecha em Ponte de Sor e atira 430 pessoas para o desemprego


A fabricante norte-americana de componentes Delphi vai fechar a sua unidade em Ponte de Sor até ao final do ano, deixando cerca de 430 trabalhadores sem emprego.Segundo explicou ao PÚBLICO José Simões, secretário-geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, a decisão foi hoje anunciada pela administração da Delphi numa reunião com representantes sindicais. A chefia da unidade industrial de Ponte de Sor, a maior do distrito de Portalegre e responsável pelo emprego de 2,5 por cento da população do concelho, está neste momento a informar os trabalhadores sobre o encerramento da fábrica.

BOLETIM INFORMATIVO



Pelo menos 40 mil idosos sem dinheiro para comer


Um inquérito alimentar realizado pela DECO revelou que existem pelo menos 40 mil idosos em Portugal sem dinheiro para comer e que o custo dos alimentos é uma das razões para estas pessoas não consumirem alimentos mais saudáveis.
Publicado na edição de Novembro da revista Proteste, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), o estudo resultou de um questionário enviado em Fevereiro e Março deste ano para uma amostra representativa da população, entre 65 e 79 anos, que vive em casa. Mais de 3400 idosos contribuíram com a sua experiência para o estudo.
Um quarto dos 3423 portugueses que responderam ao inquérito revelou ter uma alimentação saudável.
De acordo com o estudo, «o preço é o factor que mais decide a escolha» dos alimentos pelos idosos, sendo indicado por 64 por cento dos inquiridos, seguindo-se o sabor e a qualidade dos alimentos.
O estudo indica que 76 por cento dos portugueses têm «hábitos alimentares pouco saudáveis, os quais pioram com o avançar da idade».
A «difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come: mais de um quinto dos inquiridos indicou ter dificuldades financeiras».
Os autores da investigação apuraram mesmo que três por cento dos inquiridos passou fome na semana anterior a responderem a estas perguntas.
Entre os motivos que os idosos apresentam para comer mal estão os problemas dentários (35 por cento), as dificuldades económicas (24 por cento), a falta de apetite (13 por cento) e os medicamentos (12 por cento).
Partindo do princípio que uma dieta equilibrada e saudável precisa de refeições sem mais de quatro horas de intervalo, o inquérito apurou que apenas cinco por cento dos idosos seguem esta norma.
Sete por cento dos inquiridos não tomam o pequeno-almoço e, em média, os idosos fazem quatro refeições diárias, o que «é pouco».
As regiões do Norte, Centro e Alentejo são as que têm mais inquiridos a «comer mal».
No que diz respeito aos alimentos, o estudo apurou uma preferência pela carne em detrimento do peixe, uma opção «pouco saudável». «O custo do peixe é um dos factores que explica esta opção», lê-se no estudo da Deco.
O inquérito revela ainda que, principalmente nos homens, os idosos bebem mais álcool do que deviam: mais de dois copos por dia, o que «é excessivo».
Também em demasia se encontra o consumo de doces, já que 70 por cento indicaram que os comem, pelo menos, duas vezes por dia.
Este estudo foi realizado a propósito do Dia Internacional dos Idosos, que se assinala quarta-feira.




COMENTÁRIO: Triste, Revoltante e Vergonhoso !...

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Empresas perdem mil milhões por ano devido a conflitos


Por ano os trabalhadores portugueses gastam 270 milhões de horas de trabalho devido a confrontos internos.Minam a produtividade, estragam o ambiente laboral e desmotivam trabalhadores. Os conflitos internos custam, pelo menos, mil milhões de euros por ano às empresas, o mesmo que foi investido na construção da Ponte Vasco da Gama.Segundo as contas feitas pela consultora Convirgente, especializada na gestão e resolução de conflitos, em média os portugueses gastam 1,58 horas por semana a ouvir os desabafos dos colegas, a discutir ou a intervir como mediadores numa discussão. Ao final de um ano, perdem-se 270 milhões de horas de trabalho.As conclusões do estudo, feito com base nas respostas de 933 pessoas inquiridas pela Netsonda no início deste mês, mostram ainda que 15 por cento dos conflitos nunca são resolvidos. E 27 por cento dos trabalhadores que são confrontados com problemas de forma frequente admitem estar "emocionalmente esgotados e insatisfeitos no trabalho", logo, "improdutivos".François Bogacz, presidente executivo da empresa e ex-quadro da Microsoft, acredita que os resultados pecam por defeito, nomeadamente, porque no cálculo do número de horas gastas não foram consideradas as respostas dos 39 por cento de inquiridos que dedicam menos de uma hora por semana a discutir. Ou seja, as empresas gastarão mais do que mil milhões de euros por ano com os conflitos internos.Portugal não está mal posicionado no retrato global: despende menos tempo com discussões do que o Reino Unido, a França ou a Alemanha, onde cada trabalhador dedica mais de três horas semanais a confrontar colegas ou chefes. Ainda assim, François Bogacz diz que esta é uma conclusão optimista. "Estaremos mais ao nível do Reino Unido e França", garante o responsável pela Convirgente, que hoje promove um debate sobre o tema na Universidade Católica.Não há empresa que escape ao confronto entre trabalhadores. E tudo é fonte de problemas. Da incompatibilidade de personalidades (o factor mais apontado) ao choque de valores (motivo de conflito para 17 por cento dos inquiridos). Mais do que a média internacional, os trabalhadores entram em confronto porque há uma indefinição incorrecta de responsabilidades, porque há muito trabalho para escassos recursos humanos, devido ao stress ou por falta de honestidade e frontalidade. "No resto do mundo, a visão do conflito não é tão emocional", analisa François Bogacz.Apesar de ser visto quase sempre como "negativo e doloroso", o confronto nas empresas tem poucas consequências negativas. Os portugueses preferem não insultar ou fazer ataques pessoais, apresentar a demissão ou faltar ao trabalho. "O abandono da empresa ou o despedimento, consequências que só podem resultar de um conflito aberto, são menos frequentes do que nos outros países", aponta o estudo. Há mais impactos na concretização de projectos - 17 por cento admitem não ter cumprido uma determinada tarefa devido a conflitos - e na mudança de pessoas entre departamentos ou direcções.O impacto emocional é considerável. Os conflitos nas empresas provocam desmotivação, frustação, stresse nervosismo para a maior parte dos trabalhadores. Em países como a Alemanha, Irlanda, Estados Unidos ou França, a discussão também é encarada como uma oportunidade de afirmação, ou mesmo algo que "apimenta"a vida profissional.As consequências também podem ser positivas. A maioria dos trabalhadores portugueses diz que, com a resolução do problema, há uma melhoria das relações de trabalho (29 por cento). Ainda assim, 24 por cento referem que "nunca houve consequências positivas"."Em geral, o conflito não é enfrentado e há um risco elevado de repetição. As pessoas têm dificuldade em exprimir as emoções no trabalho, fruto de uma escola de gestão que foi prática durante muito tempo", diz Bogacz.




COMENTÁRIO: A culpa é sempre do trabalhador...sempre....